terça-feira, 18 de setembro de 2012

CHUVA ÁCIDA (6º ANO)


                                                       RESUMINDO
O termo “chuva ácida" foi usado pela primeira vez pelo climatologista inglês Robert Angus Smith, em 1873, que presenciou a ocorrência do fenômeno na Inglaterra. Ele também foi o primeiro a relacionar a chuva ácida com a poluição atmosférica. Chuva ácida é um fenômeno que ocorre naturalmente devido à presença de dióxido de carbono na atmosfera. Observe:

O gás carbônico reage com água formando ácido carbônico. Neste caso, o pH fica em torno de 5,4 não causando prejuízo nenhum pelo fato de a acidez ser relativamente baixa. O grande problema é que a queima de combustíveis fósseis, resulta na liberação de gases tóxicos. Esses gases reagem com a água atmosférica para formar ácidos fortes como o ácido sulfúrico e o ácido nítrico, assim o pH vai baixar em torno de 2,0.
          Um dos grandes responsáveis pelo aumento da chuva ácida é o dióxido de enxofre (SO2), que é produzido diretamente como subproduto da queima de combustíveis fósseis como a gasolina, carvão e óleo diesel. O óleo diesel e o carvão são muito impuros, e contém grandes quantidades de enxofre em sua composição, sendo responsáveis por uma grande parcela da emissão de SO2 para a atmosfera. Atualmente no Brasil, a Petrobrás tem investido muito na purificação do diesel a fim de diminuir drasticamente as impurezas que contém enxofre.
Outro grande causador da chuva ácida é o monóxido de nitrogênio, que pode formam na atmosfera dióxido de nitrogênio que tem coloração marrom. Muitas vezes, o fato do céu ter um tom marrom em cidades com tantos veículos como São Paulo, se deve à formação do NO2 na atmosfera, somado com a grande emissão de material particulado (incluindo a fuligem) que também escurece a atmosfera. O dióxido de nitrogênio pode sofrer novas reações e formar o ácido nítrico (HNO3), que contribui para aumentar a acidez da água de chuva.
A diminuição do pH poderá ocasionar morte de larvas, pequenas algas e insetos, prejudicando também os animais que dependem desses organismos para se alimentar, danificar a superfície de monumentos históricos e edifícios feitos de mármore. Além disso, provoca problemas como coriza, irritação na garganta e olhos e até afetar o pulmão de forma irreversível. 
                                        EXPERIMENTANDO!
Para entendermos melhor sobre o assunto fizemos uma atividade prática com alunos do 6º ano, para demonstrar a formação da chuva ácida. Usamos os seguintes materiais: colher de plástico, papel de tornassol, fios de cobre, duas pétalas coloridas (lilás), copo de vidro, tampa, fósforo, enxofre, água, placa de petri e caneta. Iniciamos colocando uma pétada de flor e um papel de tornassol numa placa de petri, depois colocamos o enxofre por cima desses materiais e observamos, em seguida colocamos água em um recipiente e misturamos com enxofre e despejamos a pétala e o papel de tornassol. Nestes dois casos nenhuma mudança ocorreu quanto a variação de pH ou mudança na coloração da pétala. No passo seguinte montamos o seguinte esquema: Colocamos em uma das extremidades do fio de cobre uma nova pétala e um pouco separado colocamos um novo papel tornassol. Na outra extremidade do fio, fizemos um pequeno gancho e penduramos por dentro do vidro que já tinha um pouco de água.  Pegamos o outro fio de cobre e enrolamos parte deste na ponta da caneta, formando um pequeno cone de cerca de 1 cm. Fizemos um pequeno gancho na outra ponta do fio, retiramos a caneta e enchemos o cone com enxofre em pó. Penduramos o fio de cobre por dentro do vidro (sem atingir a água). Posicionamos um fósforo aceso abaixo do cone para iniciar a queimar o enxofre e rapidamente retiramos o fósforo e tampamos o vidro. Aguardamos 5 minutos e depois observamos o que aconteceu com a pétala e com o papel de tornassol.
Ao final do experimento pudemos perceber que a queima do enxofre deixou o meio bastante ácido, em conseqüência disso, a pétala perdeu sua coloração e o papel de tornassol indicou o pH em torno de 2,0.





 Até a próxima,

Clicia Ramos Bittencourt


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